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quarta-feira, 16 de abril de 2014

Eu, mamãe e os meninos

Olá, leitores! Estou de volta (e mais atrasada do que de costume – imprevistos acontecem), hoje falarei sobre um filme que foi uma grande surpresa para mim, uma surpresa ótima, vale destacar:  Eu, mamãe e os meninos.




Eu, mamãe e os meninos (Les garçons et Guillaume, à table!) é o primeiro filme de Guillaume Gallienne como diretor (antes havia se dedicado somente à carreira de ator). Este longa é baseado em seu one-man-show, que é, por sua vez, inspirado na vida de Gallienne. Também foi o maior destaque dos Prêmios César 2014 (a maior premiação cinematográfica francesa), levando 5 prêmios, incluindo o de melhor filme e melhor ator (Gallienne).

O filme começa com Gallienne se preparando para entrar em cena em seu one-man-show, e quando esse momenta chega, entramos de cabeça em sua história.

Guillaume (interpretado pelo próprio Gallienne) é um garoto que mora com os pais e seus dois irmãos, porém, ao contrário dos homens da família, ele não é nada atlético, aventureiro e não compartilha nenhum de seus interesses, sendo, então, mais próximo da mãe (também interpretada por Gallienne).
A partir daí o espectador percebe que há algo diferente em Guillaume: ele pensa que é uma menina! Ele se orgulha profundamente de conseguir enganar todos os conhecidos ao fingir ser a própria mãe, que é a pessoa por quem ele mais nutre uma admiração (essa admiração é meio exagerada, mas é muita bonita). Além disso, há momentos em que Guillaume tem, claramente, um tratamento diferenciado dos outros irmãos, isso fica evidente quando a mãe chama todos para almoçar gritando: “Les garçons et Guillaume, à table!” cuja tradução seria o equivalente a “meninos e Guillaume, está na mesa!” por que Guillaume não está incluído em “meninos”? Ainda estamos na fase a vida de Guillaume em que ele ainda é um adolescente.


Certa noite, depois do jantar, Guillaume está em seu quarto quando brincando de Sissi e está vestido do que seria a própria Sissi só que com um edredom como saia e seu pai entra em seu quarto. Guillaume consegue se livrar da situação, mas o pai aparece sempre incomodado com a personalidade e o tratamento que Guillaume recebe, então o garoto não escapa do próximo deslize e é mandado para um internato – para meninos.


Depois de anos nesse internato, Guillaume, já chamado pelos meninos de “bicha”, vai para um internato na Inglaterra, onde ele desenvolve uma paixão por Jeremy e depois sofre de desilusão, pois Jeremy está com outra menina. Até o momento de conversar com sua mãe sobre o assunto, Guillaume não tinha percebido o fato de ele não ser uma menina, e sim, de ser gay, segundo sua mãe. A partir daí, Guillaume começa a tentar se descobrir, vai a psicanalistas, a um spa, e seguindo conselho de sua tia, a baladas gays também, e a enfrentar seus medos.

Desse momento em diante, não poderei dividir mais o enredo com vocês (espero que tenha conseguido aumentar a vontade de vocês para assistir ao filme). O longa é impressionante, há questões psicológicas muitos fortes aí, sendo a mãe de Guillaume a mais interessante delas, aliás, a atuação de Gallienne, tanto como ele mesmo quanto como sua mãe é incrível, é tão natural que demorou para minha amiga, que estava junto comigo no cinema, perceber que era o mesmo ator!  A história acerta, com perfeição, as pitadas de comédia e drama, tirando boas risadas dos espectadores. O fim do filme é belíssimo e muito interessante. É um filme que vale muito a pena ser assistido.

Eu, mamãe e os meninos estava (não sei se vai passar hoje) em cartaz junto com outros filmes franceses no Festival Varilux de Cinema Francês, que começou dia 9 e vai até o dia 16 (hoje).


Espero que tenham gostado e que corram pro cinema! Quem sabe ainda não dá tempo de pegar um filminho francês (os meus preferidos!)? Até a próxima!

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